Como ajudar os alunos a gerenciar o TDAH na sala de aula


Dentre as dificuldades que crianças e adolescentes com TDAH sofrem, destaca-se a dificuldade no manejo e percepção do tempo, na socialização, organização e planejamento.1,2 Além disso, existe um prejuízo na esfera emocional, onde há uma diminuição da autoestima, já que seus resultados não refletem seu potencial, que pode interferir não só na educação, mas nas relações com familiares e amigos.2

Os alunos com TDAH tendem a ter um desempenho acadêmico mais baixo quando comparado a outros estudantes, apresentando, muitas vezes, dificuldade em fundamentos como linguagem e matemática3, além de um déficit no desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, que pode dificultar as relações com os colegas.4

É bom ter em mente que os alunos com essa condição aprendem mais facilmente quando a lição é cuidadosamente estruturada devido à sua dificuldade para se organizar antes de iniciar seu trabalho. E vale ressaltar que manter a comunicação frequente e fluida com a família garante que o aluno realize um trabalho consistente e seja eficaz.5 Veja algumas recomendações para que o aluno possa desenvolver melhor seu potencial:

  • Utilizar lembretes para organizar e preparar o seu trabalho. Desta forma, não há surpresas, e os alunos sabem qual tarefa começar e quando.6
  • Fornecer materiais de apoio. Isto é realmente útil para apoiar os alunos ao desempenharem funções e também para reforçar o que eles estudaram.7
  • Simplificar as instruções. Quanto mais simples e mais inteligentes as instruções e tarefas, maior a probabilidade deles concluirem o que foi pedido, dentro do prazo estipulado.6
  • Ter um cronograma visível. Use um espaço na sala de aula para anotar os acontecimentos do dia. Mais uma vez, sem surpresas.6
  • Criar uma lista de materiais para trabalhos de casa. Isto irá ajudar os alunos a manterem-se organizados.8
  • Pedir que sentem perto do professor, assim ele poderá ficar de olho neles. Isso também pode ajudar a mantê-los menos distraídos.7

Além das dicas acima, também é benéfico conhecer a personalidade da criança e como é sua forma de aprendizagem. Isso pode exigir conversas pessoais com o estudante e reuniões com pais ou responsáveis, para que todos saibam o que está acontecendo e conheçam quaisquer alterações no tratamento ou comportamento.6